Mude Indica: Filmes e curtas de diretores negros para conhecer
Sabemos que a desigualdade no mundo do cinema é enorme e, majoritariamente, os pontos de vistas apresentados nos filmes são muito específicos e se repetem ao longo dos tempos. Em sua maioria, as histórias do cinema são contadas por personalidades brancas e masculinas deixando de lado diversas visões, perspectivas e vivências.
Por isso, separamos para você alguns filmes de diretores negros que dão uma visão mais crítica não só do cinema, mas sim, da nossa realidade. Venha ver!
1) Desvirtude, de Gautier Lee
Gautier é uma artista múltipla. Roteirista e diretora Queer negra, ela é uma das fundadora do Coletivo Macumba Lab que reúne profissionais negros e negras do audiovisual, no Rio Grande do Sul. Em 2019, foi vencedora do Cabíria Prêmio de Roteiro e, em 2020, ela lançou Desvirtude, em que escreveu e dirigiu o curta. Nele, ela levou os prêmios de Melhor Montagem, Melhor Atriz, Júri Popular, Melhor Direção e Melhor Filme.
Sinopse:
Após ser vítima de injúria racial na universidade, uma estudante de jornalismo negra precisa lidar com a repercussão dos eventos.
2) Selma: Uma Luta pela Igualdade, de Ava DuVernay
Ava Marie DuVernay é uma diretora, roteirista, produtora e distribuidora de filmes norte americana. Ela foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio de Melhor Direção no Festival Sundance de Cinema em 2012. Além disso, Ava luta efetivamente para ajudar mulheres a alcançarem lugares que são majoritariamente dominados por homens brancos. Ela contratou 34 diretoras mulheres para trabalhar no seriado Queen Sugar, que estreou em 2016 e se tornou a primeira série na história a ter todos os episódios dirigidos por mulheres.
Sinopse:
Martin Luther King, Jr, pastor protestante e ativista social, acompanha as históricas marchas pacifistas de 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.
3) Faça a coisa certa, de Spike Lee
Spike Lee é um dos principais diretores de Hollywood, especialmente pela forma como aborda questões como racismo e segregação em suas produções. Além de diretor ele também trabalha como produtor e muitas vezes até como ator. A partir de suas produções, outros atores negros ganharam espaço no cinema, entre eles: Lawrence Fishburne e Samuel L. Jackson. Seu filme, Faça a Coisa Certa, de 1989, o deu bastante destaque, porém foi ignorado por premiações como Oscar e Globo de Ouro.
Sinopse:
Fragione é dono de uma pizzaria italiana no Brooklyn, que tem uma parede cheia de nomes de artistas famosos. Um dos moradores do bairro fica indignado ao ver que na parede só há nomes de artistas italianos. Ele acha que um estabelecimento localizado no Brooklyn deveria ter o nome de atores afrodescendentes, mas Sal não concorda e a partir daí, a trama se desenrola.
4) Faya Dayi, de Jessica Beshir
Jessica é uma escritora, diretora, produtora e fotógrafa mexicana-etíope. Aos 16 anos ela teve que deixar a Etiópia por conta de confrontos políticos. Quando eles cessaram, ela voltou para reencontrar sua família e se reconectar com suas origens. Em seu documentário, Faya Dayi, ela representa a passagem sociopolítica da Etiópia.
Sinopse:
Faya Dayi é uma história universal sobre dependência de drogas, opressão, marginalização, escapismo e a busca por amor.