Todo corpo se movimenta: conheça os treinos adaptados para PCDs

Em 27/05/2022
Editoria
Homem em cadeira de rodas praticando exercícios físicos na Rio Academia 2022.

Se engana quem acredita que pessoas com deficiência (PCDs) não podem fazer exercício físico. Muito pelo contrário! Para movimentar-se basta ter um corpo. E esse corpo e seus processos, com ou sem algum tipo de limitação, deve ser ouvido e respeitado.

A professora e parceira Mude Victoria Broad é personal trainer e faz parte do projeto Circuito Funcional Adaptado, que tem como premissa a inclusão de PCDs no esporte. Ela nos contou um pouco mais sobre:

“A prática de exercício físico para PCD's (nesse caso, cadeirantes) tem como objetivo melhorar a qualidade de vida e composição corporal da PCD; prevenir o sedentarismo; tratamento (não medicamentoso) para doenças metabólicas e cardiorrespiratória (diabetes, hipertensão);  inclusão da PCD com pessoas fora do seu âmbito residencial; promover maior participação nas políticas públicas voltadas para esportes e exercício físico oferecido pelos órgãos públicos “

Para a PCD, esporte não é só sobre a saúde física

O movimento e a sociabilidade fazem parte da vida do ser humano, muitas vezes, a PCD só encontra esse tipo de socialização e inclusão em poucas partes da sua vida. O esporte e a atividade física é uma delas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), obtidos no Censo de 2010, 14,5% da população brasileira tem alguma deficiência. Desses, 7%, ou pouco mais de 13 milhões de brasileiros, têm algum comprometimento motor. É imprescindível que essa população tenha acesso aos benefícios dos exercícios físicos.

O trabalho da professora Victoria é focado nas pessoas em cadeiras de rodas. É um treinamento em circuito que une exercícios de força, aeróbio, flexibilidade/mobilidade, influenciando positivamente na melhora da composição corporal (aumento da massa magra e diminuição da massa de gordura).

A professora completa: “O funcional adaptado também diminui a sensação de dor nos ombros (da utilização da cadeira) e melhora do movimentos nas atividades de vida diária como a transição da cadeira para cama e/ou chão, pegar algum objeto que esteja longe da cadeira, movimentação da cadeira nas calçadas e em ambientes com rampa…”

Para essa atividade, o aluno utiliza materiais como fitas elásticas, corda naval, halter, kettlebell, anilhas, wall ball e o próprio espaço do treino para fortalecer seu corpo, como rampa, pilastra, pista de corrida.

Para movimentar-se, basta ter um corpo. E aí, vamos?

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Nos vemos lá fora,

Mude.