Janeiro, mês da Visibilidade Trans
Chegamos em Janeiro e nesse mês celebramos um dia muito importante, O Dia Nacional da Visibilidade Trans.
Essa data tem como objetivo promover reflexões e conscientizar sobre a cidadania das pessoas travestis, transexuais e não-bináries. Afinal, depois de muita luta essas pessoas conseguiram ganhar um pouco de visibilidade na sociedade e seus diretos devem ser respeitados!
Mas será que as campanhas do Dia Nacional da Visibilidade Trans são tão plurais e populares como deveriam? Conversamos com Angelina, Stylist e Produtora de Moda que nos contou sobre o seu trabalho e nos ajuda a entender mais sobre esse assunto.
Nos explicando que moda é muito mais do que se vestir bem, Angelina começou sua jornada em 2017, estando há seis anos nesse ramo . No início, ela pensava a moda apenas como um mercado, uma oportunidade de criar sua própria marca. Aos poucos, ela percebeu que experimentar todas as áreas nesse mudo era uma forma de desenvolver a sua criatividade.
"Eu comecei a pensar a moda de uma forma mais criativa e eu experimentei ser tudo! Quando eu comecei a trabalhar com moda eu entendi que ela é muito mais que um look. São tantas camadas que não é atoa que é uma das maiores indústrias do mundo".
Styling de Angelina para o Projeto Brasil com S
No início, Angelina nos conta que trabalhar com moda não era seu plano principal, já que a mesma queria ser empresária e dona de sua própria marca e acabou estudando administração. Porém, sua paixão pelo fashion sempre esteve ali e aos poucos o destino foi lhe dando outras oportunidades.
“Eu sempre achei que não iria conseguir trabalhar com moda, eu nunca fui incentivada e sempre escutava que era uma área para pessoas ricas. Mas eu sempre exalei isso, sempre amei esse mundo e um dia surgiu a oportunidade de ser assistente, e a partir disso eu fiz o meu caminho”.
Angelina acredita que a grande contribuição do seu trabalho para visibilidade trans é ocupar espaços que são preenchidos, em sua esmagadora maioria, por pessoas cisgêneros e brancas.
“A maioria dessas pessoas não têm convívio com pessoas Trans. Então, quando eu chego, sou uma pessoa trans e preta, isso faz com que as pessoas enxerguem outros espaços".
Angelina completa que a grande questão de respeito que envolve pessoas trans é a convivência, principalmente quando estamos em um ambiente de trabalho.
Styling de Angelina
“No trabalho você precisa respeitar as pessoas, é como se fosse uma escola. Se eu estou presente em um Set como uma pessoa trans e preta todos são obrigados a lidar comigo e a me respeitarem e, no final, isso acrescenta na vida das pessoas. Eu espero que elas passem a se perguntar: “Quantas pessoas trans ocupam esse espaço”?